quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Foto postada no Facebook mostra possível assassinato de criança negra

Na África do Sul, autoridades investigam uma foto postada no Facebook, mostrando um homem branco com um rifle nas mãos e uma criança negra, provavelmente morta, a seus pés. A foto choca pois o homem parece estar celebrando a morte do pequeno. (Para ver a imagem, clique aqui).

A imagem foi postada pelo perfil de "Eugene Terrorblanche", nome que faz menção ao líder do grupo neo-facista e de supremacia branca Afrikaner Weerstandsbeweging. O perfil possui cerca de 590 "amigos".

O autor - ou autores - da foto, o criador do perfil e aqueles que viram a foto e não denunciaram estão sendo procurados. Todos enfrentarão processos e podem ser condenados à prisão, independentemente se a foto for verídica ou não. O porta-voz da polícia africana Zweli Mnisi disse para o periódico Times Live que "se, de fato, a imagem reflete um incidente real, os responsáveis devem ser severamente punidos".

Alguns grupos de defesa à criança dizem que a produção e divulgação da imagem viola diversas leis, incluindo a Lei da Criança. E, claro, choca.

O usuário possui poucos detalhes em seu perfil. Anteriormente, a página trazia o nome de "Wit AWB Wolf", também em menção ao grupo neo-facista, e o usuário alegava ser vendedor de armas de choque e sprays de pimenta.

Especialistas em imagens dizem que é difícil descobrir se a foto é autêntica ou não. Mas as autoridades esperam que alguém reconheça e que amigos que o conhecem, apresentem informações às autoridades.

"A partir do momento que uma imagem é postada na internet, ela nunca mais poderá ser apagada. Assim, por exemplo, esta imagem de ódio será vinculada a este jovem e a essa criança pelo resto de suas vidas. Esta é uma grave violação ao bem-estar e privacidade desta criança", disse Germaine Vogel, advogado, e que considerou a imagem "abominável".

A polícia, provavelmente, irá contatar o Facebook para ajudá-la: "Esta é uma clara violação das políticas do Facebook e estou certo que eles vão reagir e ajudar nas investigações", disse Paul Jacobson, advogado especializado em mídias digitais.
(Fonte - Olhar Digital)

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