terça-feira, 4 de outubro de 2011

O maior segredo do iPhone 5 pode estar no software

Se você conferir o vídeo abaixo, pode ter duas reações: uma delas pode ser de descrédito - afinal os aparelhos dificilmente funcionam tão bem na vida real quanto nos vídeos de demonstração das empresas. A outra reação pode ser do tipo: "isso não é tão novo, o Google já faz isso com seus telefones". Talvez as duas reações estejam certas e erradas ao mesmo tempo.

A empresa SIRI foi comprada pela Apple por mais de 200 milhões de dólares há cerca de um ano e meio. Acontece que essa plataforma foi criada a partir do maior e mais caro projeto de inteligência artificial já desenvolvido nos Estados Unidos, um projeto que foi financiado pelo governo norte-americano, e batizado de CALO (Cognitive Assistant that Learns and Organises - em português, algo como Assistente Cognitivo que Aprende e Organiza). Assim, muito além de reconhecer palavras e fazer ligação entre elas e buscas nas internet (como as últimas versões do Android fazem), o SIRI é capaz de aprender com seus hábitos. E mais: aprender com seu jeito de pronunciar as palavras, diminuindo o tempo de resposta e aumentando a precisão da operação.

O vídeo termina com o dono do aplicativo dizendo: "estou bêbado, quero ir para casa". Baseado em hábitos do proprietário, o sistema examina uma série de alternativas e escolhe qual a melhor, fazendo a conexão. No exemplo do vídeo, um táxi é encomendado para o lugar onde o usuário se encontra (o lugar é geo-determinado pelo próprio celular).

A Apple comprou a empresa que desenvolveu o SIRI e escondeu o produto. Agora, ele pode voltar no lançamento do novo iPhone, sob o nome de iPhone Assistant, como um recurso do iOS 5. Norman Winarski, um dos fundadores da SIRI, concedeu uma entrevista ao site 9to5Mac em que resume boa parte do que deve ser anunciado por Tim Cook no evento da Apple desta terça-feira, 4 de outubro. Alguma peças se encaixam. No convite da empresa aos jornalistas, o evento foi batizado de  "Let's Talk iPhone", numa referência, que parece clara, às novas capacidades de reconhecimento de voz que o smartphone terá. Mais que isso: ao comprar a empresa SIRI no ano passado, Steve Jobs anunciou: "estou fazendo essa operação em torno da Inteligência Artificial, não do reconhecimento de voz".

Talvez seja prematuro afirmar (afinal, a realidade pode não ser tão perfeita quanto o vídeo), mas ao incorporar uma peça tão refinada de inteligência artificial ao seu iPhone, a Apple pode conseguir o que parecia impossível: mudar o mundo novamente. Ademais, esse pode ser entendido com um dos últimos legados de Steve Jobs à empresa - já que toda a operação de compra e de desenvolvimento ainda foi feita sob sua batuta.
(Fonte - Olhar Digital)

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