Pesquisadores desenvolvem chips para medir a carga viral no sangue (Foto: Reprodução/Stock.XCHNG)
A medição de carga viral é uma das técnicas que os médicos usam para monitorar a eficácia de tratamentos de HIV em seus pacientes. Um aumento na carga viral pode ser um aviso de que as drogas receitadas para o combate do vírus não estão surtindo efeito, ou de que o vírus se tornou resistente ao medicamento, indicando que o paciente deve ir para um tratamento diferente.Porém, em locais com poucos recursos, esse tipo de medição ainda é muito caro, e seus equipamentos são pesados, dificultando assim as doações dos dispositivos. E a solução através de um simples chip poderia resolver esses dois problemas, já que o custo é consideravelmente menor e o seu transporte mais prático. Além disso, o chip pode ser útil para detectar outros tipos de testes genéticos.
O chip utiliza um novo padrão de análise da carga viral, chamado PCR, que faz com que a contagem seja muito mais precisa. Usando um identificador microfluídico, a amostra de sangue é dividida em milhares de pequenas porções, até que ela fique do tamanho de uma molécula. Quando as moléculas são amplificadas, os resultados se tornam “binários”, com cada pedaço identificado como positivo e negativo, tornando possível assim a análise do nível de infecção do HIV.
Cada carga viral do HIV pode, por exemplo, variar de 50 a 1 milhão de moléculas por mililitro de sangue. Esse tipo de teste é capaz de lidar com um grande número de moléculas, sendo sensível o suficiente para contá-las com precisão. A técnica se baseia no SlipChip, um dispositivo simples para detecção de material microfluídico, desenvolvido pelo próprio Ismagilov. Duas folhas sobrepostas ou slides de plástico acondicionam uma amostra de fluido injetado. Elas então são levemente giradas, para separar o líquido.
Os testes recentes foram feitos para análise de carga viral para casos de HIV e Hepatite C. Os chips também podem ser projetados para realizar múltiplos testes, ou medir várias amostras diferentes, demonstrando assim a sua flexibilidade. Hoje, ouros dispositivos são necessários para ouras fases da preparação e análise do PCR, mas o objetivo dos pesquisadores é desenvolver um chip que seja capaz de realizar todas as etapas da análise.
(Fonte - TechTudo)
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