Nesta segunda-feira (19/12) a Coreia do Norte perdeu seu líder, Kim Jong-il. O ditador coreano permaneceu 17 anos no poder e conseguiu tornar o país um dos mais isolados do planeta, especialmente no mundo virtual.
Segundo o jornalista Shane Smith, da Vice Magazine, que viajou ao país para realizar um documentário, a Coreia do Norte é uma "terra parada no tempo". De acordo com ele, o país é uma máquina do tempo e funciona como a Rússia em 1930 ou a União Soviética em 1950.
Smith conta que para controlar o fluxo de informação, o governo não permite que pessoas tenham computadores. Além disso, os cidadãos só podem consumir programas de rádio e televisão de estações e emissoras controladas pelo governo. Os norte-coreanos só podem consumir documentários e notícias acerca dos líderes e do exército.
Os celulares, no entanto, existem e estão se tornando populares. Este ano, a Coreia do Norte deve registrar seu milionésimo usuário de sua nova rede 3G, criada em parceria com o grupo egípcio Orascom.
Até 2009, o país tinha menos de duas assinaturas de telefonia móvel por 100 habitantes, mas, segundo a agência de notícias Reuters, os smartphones já estão sendo vistos entre os moradores de Pyongyang (capital). Obviamente o uso dos celulares é bastante limitado. Cidadãos apenas podem enviar mensagens de texto, jogar e verificar informações sobre o clima.
Cultura
De acordo com Shane, além do rígido controle de informações, o governo ensina as crianças, desde seu nascimento, que Kim Jong-il é um Deus e seu filho (Kim Jon-um), que irá substituir o pai na liderança do país, é, consequentemente, Jesus. Por conta disso, muitos norte-coreanos choraram a morte do líder.
Estima-se que, sob o governo de Kim Jong-il, 1 milhão de norte-coreanos tenham morrido de fome na década de 1990. Mesmo em anos de safras boas, o Estado é incapaz de alimentar seus 25 milhões de habitantes.
(Fonte - TechTudo)
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