quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Computador biológico pode ler imagens salvas em moléculas de DNA

Pesquisadores criaram um computador biológico – que funciona a partir de moléculas orgânicas, capaz de decodificar informações salvas no DNA. Em comparação, seria equivalente dizer que o computador biológico usa moléculas de DNA como HD.
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Computador biológico (Foto: Divulgação)
O DNA nada mais é, aliás, do que um dispositivo que guarda informações. Nas moléculas estão guardadas gigas e mais gigas de informações e rotinas que servem para "configurar um ser vivo. A novidade foi criar um dispositivo capaz de ler informações que estejam codificadas no DNA, como as imagens que ilustram este texto.
Os pesquisadores não criaram um computador no sentido eletrônico ao que estamos mais acostumados, ao contrário disso, a máquina que eles desenvolveram segue o princípio da máquina de Alan Turing, que consistia num dispositivo mecânico que lia informações guardadas numa longa tira de papel. A máquina lia as instruções nesta tira e a um conjunto de regras e exceções, o “software”, decidia o que fazer com as informações.

O aspecto do DNA é o mesmo da tira de papel e o computador biológico funciona com o mesmo princípio. Num recipiente, os pesquisadores depositaram diversos tipos de moléculas que reagem com o DNA, repetindo as instruções impressas no DNA. Cria-se um fluxo onde o DNA vai de encontro às moléculas decodificadoras e sai decodificado do outro lado.
Os cientistas marcaram o DNA com um pigmento fluorescente para marcar o processo de entrada e saída, conforme a ilustração do post demonstra. O computador biológico é alimentado pela adenosina trifosfato do seu corpo.
Computadores biológicos não são como os dispositivos eletrônicos que usamos. Mas como funcionam com reações químicas espontâneas e simultâneas em vários níveis, são ideais para aplicações que requeiram grande poder de processamento paralelo (computadores normais processam dados em uma via bastante fixa e restrita).
Além disso, são muito bons para tarefas bem específicas. Para ler o DNA, por exemplo, um número bem preciso e restrito de moléculas é necessário, ao passo que para ler outro tipo de molécula são necessários outros compostos. Computadores eletrônicos são mais generalistas: o mesmo computador lê informação guardada em dispositivos magnéticos e baseados em silício, por exemplo. A tecnologia de computadores biológicos ainda é incipiente. Mas sinaliza para um futuro onde será possível, por exemplo, guardar informação dentro do seu sangue.
(Fonte - TechTudo)

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