
Segundo Lugar, as redes sociais podem ter papel determinante na influência política na América Latina. Para comprovar sua teoria, lembrou da importância dessas ferramentas na "Primavera Árabe" em todo o Norte de África e no Oriente Médio.
"A América Latina tem a vantagem de ter mais assinantes de telefonia móvel, usuários de Internet, acesso à banda larga e servidores de Internet seguros do que o Oriente Médio", avaliou o senador no relatório divulgado pelo seu escritório.
Além de investir em redes sociais, de acordo com o relatório, o Departamento de Estado norte-americano ainda deve pensar estratégias para ajudar as nações latino-americanos a lidarem com problemas de infraestrutura, como velocidade de conexão, e experiência de acesso. A preocupação dos EUA tem a ver com a influente concorrência da China na região.
"Num momento em que a influência política dos EUA está diminuindo na região, fica claro que as tendências tecnológicas dos EUA podem redefinir as relações com muitos países da América Latina", disse o relatório.
Elaborado pelo assessor sênior de Lugar para a América Latina e o Caribe, Carl Meacham, o relatório prevê, ainda, que os EUA apoiem programas de formação em engenharia avançada de software, informática básica e programas de alfabetização on-line na região.
O Departamento de Estado deve trabalhar, também, no desenvolvimento de websites locais e na tradução de outras ferramentas da Internet, uma vez que somente 12% dos recursos online são disponíveis em espanhol ou português.
Segundo Alec Ross, assessor para questões de inovação da secretária de Estado, Hillary Clinton, o documento de Richard Lugar está ligado às estratégias do governo dos EUA de expandir o acesso à Internet em todo o mundo.
"Para nós, a rede social é uma maneira de conectar e interagir com as pessoas que tendem a não se sentar em mesas de mogno em salas de conferência diplomática", disse Ross à Reuters.
(Fonte - TechTudo)
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