A Nasa (Agência Espacial Norte-americana) lançará sua nova sonda a Marte no próximo dia 26 de novembro. O Mars Science Laboratory (Laboratório Científico Marciano), também conhecido como Curiosity, é o equipamento mais caro, mais pesado e mais avançado tecnologicamente enviado para outro mundo.
O laboratório consiste em um jipe aproximadamente do tamanho de um carro pequeno. O equipamento pesa cerca de uma tonelada, peso que é, na estimativa da Nasa, o máximo que a atual tecnologia permite enviar a Marte. Uma missão mais complexa, tripulada, pesaria algo entre 40 e 80 toneladas.
O que causa a limitação de peso é a atmosfera do planeta vermelho, 100 vezes menos densa que a da Terra. Isso significa menos ar para amortecer e desacelerar qualquer coisa que penetre na atmosfera marciana. Portanto, enviar algo muito pesado para lá usando soluções antigas, como airbags de kevlar, paraquedas e retrofoguetes, redundaria num tremendo desastre: a nave não perderia velocidade e se chocaria com o solo. A combinação de paraquedas e retrofoguetes é utilizada desde a Viking, em 1976, que pesava pouco mais da metade do Curiosity. Já a Pathfinder pousou quicando no solo, protegida por diversos airbags.
Como será o pouso do Curiosity
O Curiosity está no limite tecnológico atual. Para descer o multimilionário equipamento em segurança, a Nasa criou um novo método de pouso. Num primeiro momento, um enorme paraquedas de 15m de diâmetro irá desacelerar o equipamento. Depois disso, o equipamento abandonará a proteção do escudo de calor e, por fim, a uma altura de 7m do solo, um guindaste será mantido em flutuação pela ação de retrofoguetes. Este guindaste irá, delicadamente, pousar a Curiosity no planeta vermelho.
Curiosity. (Foto: Divulgação)
A solução paraquedas + guindaste rompe paradigmas, mas não empolga ninguém dentro da Nasa quanto ao seu futuro na exploração espacial. Michael Wright, engenheiro da agência, afirma que o guindaste é um beco sem saída. “Para pousar 40 toneladas de equipamento em segurança, precisaríamos de um paraquedas do tamanho de um estádio”, disse ao Wired. Além disso, pela pouca quantidade de gás na atmosfera, o paraquedas demoraria tanto para inflar que a nave sofreria um impacto direto no solo.(Fonte - TechTudo)
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