A Netflix aproveitou o MWC para mostrar um pouco de seus segredos e do que vem por aí. Mas nada de novas superproduções ou anúncios técnicos: a gigante de conteúdo via streaming planeja algumas revoluções em seu visual. "Estamos testando muita coisa para facilitar a vida do usuário. Desde a interface até o algoritmo, tudo é pensado para melhorar a experiência", diz Todd Yellin, vice-presidente de inovação da Netflix, em entrevista exclusiva ao TechTudo.
Netflix mostra novo layout no MWC (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
E, de fato, enquanto algumas mudanças são praticamente imperceptíveis para a massa, a reformulação visual que a Netflix promete em 2015 tem tudo para ser a maior dos últimos anos, e deve atingir todas as plataformas. Essencialmente, a interface do serviço deixa de ter cara de "prateleira de locadora" e assume sua vocação de serviço online.
Nas smart TVs, o conteúdo ganha uma "superimagem" no topo da tela, com as explicações e um carrossel de fotos e stills importantes do filme. As informações, que antes apareciam em uma cortina, agora ficam no topo da tela. E caso você aperte o "play", o filme já começa, com os detalhes sobre a tela, desaparecendo após alguns segundos. Não é preciso um segundo "ok" para assistir: tudo fica mais fluido.
Conteúdo do Netflix ganha mais destaque, imagens relevantes e menos passos (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
"É muito importante eliminar os passos, as interações do usuário, para que a experiência seja fluida. Neste teste, avaliamos se os usuários 'rejeitavam' o conteúdo. E o resultado foi muito positivo", explica Yellin. Com isso, a Netflix dá menos trabalho ao usuário e, de fato, a experiência fica muito mais simples. A mudança, ao que parece, foi aprovada e deve ser disponibilizada ainda no primeiro semestre de 2015.
Antes e depois no tablet: Netflix deixa de ter cara de "prateleira de locadora" (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
Os testes também são conduzidos em outras plataformas da empresa, como celulares e tablets, dispositivos com interação touch. As fileiras de capinhas ganham imagens mais importantes, que são escolhidas por um time de profissionais da empresa, que ficam girando em carrossel. Entre elas, sempre uma sugestão da Netflix em tamanho maior. O botão "play" agora ganha mais importância: fica centralizado e basta que seja apertado uma vez para que o conteúdo inicie.
Netflix antes e depois no celular: conteúdo passa a tirar mais proveito do touch (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
Yellin explica ainda que as avaliações da empresa são conduzidas de forma muito controlada, para apenas um pequeno grupo de usuários, para que se compreenda seu impacto: "É preciso ter em mente que estamos lidando com big data. E cada mercado tem sua característica. Precisamos avaliar para saber se o resultado foi positivo, se conseguimos nosso objetivo, que é manter as pessoas o máximo de tempo possível no nosso ambiente", explica.Já nos desktops, onde a interação com o mouse é necessária, basta clicar no conteúdo para ver uma janela com mais informações, em tamanho grande. A partir daí, com apenas um clique, o conteúdo já é iniciado. Ao contrário das mudanças na plataforma de smart TVs, o novo visual para mobile ainda está em testes. Se os resultados forem negativos, sem problemas: vão para o lixo. E a Netflix passa para a próxima ideia.
No desktop, basta clicar no conteúdo do Netflix para ver uma janela com mais informações (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
E para ganhar o consumidor no "momento da verdade", a Netflix trabalha com matemáticos, estatísticos, engenheiros e times multidisciplinares, constantemente, para acertar o máximo possível. "A hora decisiva é quando você tem tempo. Você pode fazer muitas coisas, surfar na internet, zapear na televisão, ler um livro… Mas a partir do momento em que você liga o Netflix, precisamos acertar. Você tem que olhar para a tela e ver conteúdo relevante", explica Yellin.
Aliás, sobre o algoritmo, o executivo é enfático ao dizer que há espaço para "surpresas". Para Yellin, é preciso sempre testar coisas novas, mostrar conteúdo diferente para saber se o cliente quer experimentar. "Estamos constantemente tentando inovar. Antigamente, havia um modelo de negócio, que te permitia descobrir do que o cliente gosta e explorar isso até o fim. Hoje, tentamos entender seus gostos para oferecermos mais, por mais tempo", finaliza Yellin. Afinal, uma empresa que começou como uma "locadora" e revolucionou o mercado pode até se dar ao luxo de falhar, mas nunca pode abrir mão de inovar. A Netflix aproveitou o MWC para mostrar um pouco de seus segredos e do que vem por aí. Mas nada de novas superproduções ou anúncios técnicos: a gigante de conteúdo via streaming planeja algumas revoluções em seu visual. "Estamos testando muita coisa para facilitar a vida do usuário. Desde a interface até o algoritmo, tudo é pensado para melhorar a experiência", diz Todd Yellin, vice-presidente de inovação da Netflix, em entrevista exclusiva ao TechTudo.
Netflix mostra novo layout no MWC (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
E, de fato, enquanto algumas mudanças são praticamente imperceptíveis para a massa, a reformulação visual que a Netflix promete em 2015 tem tudo para ser a maior dos últimos anos, e deve atingir todas as plataformas. Essencialmente, a interface do serviço deixa de ter cara de "prateleira de locadora" e assume sua vocação de serviço online.
Nas smart TVs, o conteúdo ganha uma "superimagem" no topo da tela, com as explicações e um carrossel de fotos e stills importantes do filme. As informações, que antes apareciam em uma cortina, agora ficam no topo da tela. E caso você aperte o "play", o filme já começa, com os detalhes sobre a tela, desaparecendo após alguns segundos. Não é preciso um segundo "ok" para assistir: tudo fica mais fluido.
Conteúdo do Netflix ganha mais destaque, imagens relevantes e menos passos (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
"É muito importante eliminar os passos, as interações do usuário, para que a experiência seja fluida. Neste teste, avaliamos se os usuários 'rejeitavam' o conteúdo. E o resultado foi muito positivo", explica Yellin. Com isso, a Netflix dá menos trabalho ao usuário e, de fato, a experiência fica muito mais simples. A mudança, ao que parece, foi aprovada e deve ser disponibilizada ainda no primeiro semestre de 2015.
Antes e depois no tablet: Netflix deixa de ter cara de "prateleira de locadora" (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
Os testes também são conduzidos em outras plataformas da empresa, como celulares e tablets, dispositivos com interação touch. As fileiras de capinhas ganham imagens mais importantes, que são escolhidas por um time de profissionais da empresa, que ficam girando em carrossel. Entre elas, sempre uma sugestão da Netflix em tamanho maior. O botão "play" agora ganha mais importância: fica centralizado e basta que seja apertado uma vez para que o conteúdo inicie.
Netflix antes e depois no celular: conteúdo passa a tirar mais proveito do touch (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
Yellin explica ainda que as avaliações da empresa são conduzidas de forma muito controlada, para apenas um pequeno grupo de usuários, para que se compreenda seu impacto: "É preciso ter em mente que estamos lidando com big data. E cada mercado tem sua característica. Precisamos avaliar para saber se o resultado foi positivo, se conseguimos nosso objetivo, que é manter as pessoas o máximo de tempo possível no nosso ambiente", explica.Já nos desktops, onde a interação com o mouse é necessária, basta clicar no conteúdo para ver uma janela com mais informações, em tamanho grande. A partir daí, com apenas um clique, o conteúdo já é iniciado. Ao contrário das mudanças na plataforma de smart TVs, o novo visual para mobile ainda está em testes. Se os resultados forem negativos, sem problemas: vão para o lixo. E a Netflix passa para a próxima ideia.
No desktop, basta clicar no conteúdo do Netflix para ver uma janela com mais informações (Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo)
E para ganhar o consumidor no "momento da verdade", a Netflix trabalha com matemáticos, estatísticos, engenheiros e times multidisciplinares, constantemente, para acertar o máximo possível. "A hora decisiva é quando você tem tempo. Você pode fazer muitas coisas, surfar na internet, zapear na televisão, ler um livro… Mas a partir do momento em que você liga o Netflix, precisamos acertar. Você tem que olhar para a tela e ver conteúdo relevante", explica Yellin.
Aliás, sobre o algoritmo, o executivo é enfático ao dizer que há espaço para "surpresas". Para Yellin, é preciso sempre testar coisas novas, mostrar conteúdo diferente para saber se o cliente quer experimentar. "Estamos constantemente tentando inovar. Antigamente, havia um modelo de negócio, que te permitia descobrir do que o cliente gosta e explorar isso até o fim. Hoje, tentamos entender seus gostos para oferecermos mais, por mais tempo", finaliza Yellin. Afinal, uma empresa que começou como uma "locadora" e revolucionou o mercado pode até se dar ao luxo de falhar, mas nunca pode abrir mão de inovar.
Fonte - Techtudo